27 nov 2019

Diversidade e inclusão: é hora de ir além

Faltam programas de incentivo à equidade de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Infelizmente, essa é uma realidade inclusive na área de TI. Parece estranho, mas há algumas décadas as mulheres não podiam responder por si mesmas, não podiam votar e não eram aceitas em cargos de liderança. As decisões, independentemente do quão pessoais fossem, eram tomadas por seus pais, maridos ou irmãos. Lamentavelmente, em algumas culturas, isso ainda ocorre.

Se pensarmos que as mulheres tiveram que lutar até mesmo pelo direito de vestirem calças, algo tão simples e cotidiano, não é difícil entender por que a questão da equidade de gênero continua em pauta em pleno século XXI. Muito já foi conquistado, mas há um longo caminho a ser percorrido.

A partir dessa discussão encontramos espaço para destacar outros pontos dentro do tema diversidade corporativa. Existe uma variedade de pessoas a serem incluídas nesse diálogo, como negros, idosos, pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQ+.

Estudos de mercado apontam que empresas com altos índices de diversidade têm 35% mais chances de obter sucesso em seu ramo de atuação. Mas, apesar desses dados, pesquisas da ONU Mulheres mostram que os comitês executivos e conselhos administrativos das maiores empresas brasileiras apresentam, respectivamente, 14% e 11% de mulheres na composição de suas equipes. Outro dado também alarmante é que o índice de mulheres em cargos gerenciais está estagnado em 30% desde 2005. Além disso, as mulheres continuam sendo minoria em áreas de exatas, como tecnologia. Há mais de uma década representamos apenas 30% dos formados nesses segmentos.

Como fundadora e CEO de uma empresa de tecnologia, não posso deixar de me preocupar com dados como esses. Não há como falar de diversidade sem inclusão, equidade e pertencimento, e esta é a cultura que adoto ao montar minhas equipes de trabalho. E no papel de uma mulher que passou pelos desafios que o preconceito estrutural nos impõe diariamente, vejo a diversidade na empresa acontecer de forma natural.

Quando passamos pelos percalços do estigma e da generalização, aprendemos desde cedo a não repetir estes erros. Passamos a enxergar a pluralidade do mundo como algo não apenas positivo, mas, essencial para as organizações. Por isso vemos que em empresas lideradas por mulheres, ou com mulheres em cargos de alta hierarquia, existe maior acolhimento, apoio e receptividade.
Para que as mudanças ocorram, o exemplo precisa vir de cima. Com esse objetivo, faço questão de que em minha empresa a liderança seja plural e inclua mulheres, homens, negros e pessoas LGBTQ+. São profissionais com diferentes históricos, perfis e conhecimentos a serem compartilhados.

É hora de olharmos além. Para que a sociedade evolua e a equidade seja real para todas as pessoas, independentemente de raça, religião, gênero ou idade, precisamos aceitar a responsabilidade que recai sobre nós e atuar de forma a capacitar novos talentos sem preconceitos. A inclusão, por si só, não é mais suficiente. Precisamos olhar adiante e adotar ações para que o nosso legado seja de desenvolvimento, oportunidade e, acima de tudo, respeito.

Na posição de tomadores de decisão, todos precisamos estar atentos aos procedimentos que são adotados em nossas empresas para garantir que as práticas estejam alinhadas ao discurso. Temos que abandonar ideias restritivas para abraçar o novo, até porque pesquisas de mercado indicam que esse é o melhor caminho para se obter resultados positivos. Não é uma tarefa fácil e, assim como qualquer novo hábito, exige treinamento diário. Mas somente dessa forma conseguiremos avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. E você, já parou para ajudar a sua empresa a seguir uma nova jornada de diversidade e inclusão? Com certeza os negócios crescerão, o ambiente de trabalho se tornará mais rico e a percepção do mercado sobre sua empresa poderá ser diferenciada.

*Por Sandra Maura, CEO da TOPMIND

27 nov 2019

Como seria o mundo sem Ethernet e Wi-Fi?

02/03/2020 – Em 1980, o Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, criou um projeto de padronização para possibilitar o desenvolvimento da comunicação de dados entre dispositivos de redes locais e metropolitanas. Esses padrões, conhecido hoje como a família de padrões IEEE 802, possibilitaram o surgimento de tecnologias como Ethernet e Wi-Fi.

Atualmente a internet está tão intrínseca na sociedade que boa parte das pessoas não pensa o quanto o Wi-Fi e a Ethernet mudou a dinâmica de sua rotina. Quando surgiram, essas tecnologias não eram tão rápidas e baratas o suficiente para os consumidores. Em março de 1980, o Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, iniciou o Projeto IEEE 802 a criação de padrões técnicos a fim de garantir a interoperabilidade de redes de computadores. Foi graças a esse trabalho, que essas tecnologias ficaram do jeito que são conhecidas hoje: rápidas, conectadas e acessíveis.

Uma das grandes mudanças provocadas por essas tecnologias foi no mundo do trabalho. A conectividade com e sem fio ativada por Wi-Fi e Ethernet em dispositivos móveis e laptops possibilitou aos profissionais trabalhar a qualquer hora e de qualquer lugar. Responder rapidamente um e-mail, enviar uma mensagem, fazer chamadas de vídeo, criar grupos no whatsapp não seria possível sem os padrões de rede criados pelo Projeto IEEE 802, especialmente aqueles criados  para a Ethernet (IEEE 802.3)  e para o Wi- Fi  ( 802.11).

Além da esfera profissional, a vida social também passou por uma grande transformação.  Até 2021, estima-se que quase 3,1 bilhões de pessoas estarão usando as mídias sociais. E poderão publicar, curtir e compartilhar posts. Sem os padrões criados pelos engenheiros dos grupos de trabalho do Projeto IEEE 802 isso não seria possível.

Ao propiciar a concorrência e a inovação, os padrões de rede criados pelo  IEEE 802 ajudaram a manter os preços baixos para os dispositivos que precisam de conectividade sem fio e com fio. Além disso, eles estabeleceram regras para os fabricantes garantirem que todos os dispositivos fossem capazes de interoperar, independentemente do local de uso.

Especialistas do IEEE nos Estados Unidos podem falar sobre esse tema, além  da história dos 40 anos do IEEE 802, que viabilizou várias tecnologias utilizadas na atualidade, como Ethernet, Wi-Fi e Bluetooth.

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